ECONOMIA
A atividade agropecuária apresenta particularidades que a tornam singular em relação aos setores industriais, comerciais e de serviços. Por essas particularidades, agentes do agronegócio, em diferentes escalas e formas de produção, utilizam, ao longo do tempo, formas alternativas de comercialização da produção. Entretanto, no cenário de mercados globalizados, algumas variáveis têm influenciado desfavoravelmente os arranjos negociais implementados nas cadeias produtivas. Esse fato revela que os processos utilizados no meio rural requerem análises mais acuradas, que permitam novos direcionamentos para garantir a sustentabilidade da produção do agronegócio brasileiro.
Comercialização Agropecuária
A comercialização agropecuária pode ser entendida como o processo de transferência física de um produto pelos diversos elos ao longo da cadeia produtiva, podendo, também, alcançar outras cadeias produtivas.
Os aspectos naturais, ou riscos climáticos, têm se colocado como principais limitantes do processo de produção capitalista no setor agroindustrial, diferentemente de outros setores, industriais, comerciais e de serviços, onde esses fatores não influenciam os estágios da produção e das cadeias produtivas. Produtos da agricultura têm nos fatores da natureza a principal fonte de volatilidade dos preços nos mercados. São riscos de preços cuja variação ocorre no período compreendido entre a decisão de se efetivar o empreendimento e a comercialização do produto final. Geralmente, são originados por fatores externos à atividade e, por isso, não se tem controle e conhecimento suficientes para evitá-los antecipadamente.
Em razão dessas características, a comercialização de produtos agroindustriais passou a cumprir outras funções, além da transferência física dos produtos. Conforme aponta Azevedo (2002:8), o suprimento de recursos financeiros, a coordenação de cadeias produtivas, o fornecimento de informações e a redução de riscos e incertezas em relação às