Economia
A economia política até Keynes era embasada no argumento do mercado auto-regulável, de natureza, automática, dando um caráter de racionalidade e eficiência. A produção era dada em um nível de pleno emprego dos fatores, e as variações no emprego de mão de obra eram acertados com variações nos salários, sendo que o desemprego existente era voluntário. Com as crises do início do século XX os economistas perceberam que aquele instrumental “clássico” nãop explicava o desemprego e a recessão e tampouco apresentava alguma solução. Foi tentando explicar o motivo do desemprego existente que Keynes publicou sua obra “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”. Para explicar o desemprego Keynes apresentou o princípio da demanda efetiva, que seria o quantum total efetivamente consumido na economia. As firmas decidem o quanto produzir conforme suas próprias expectativas de quanto irão vender, sendo assim, a atividade está sujeita a incerteza, dado que a capacidade de vender não está previamente assegurada. Dada a produção potencial, a produção efetiva é determinada pela demanda esperada, ou seja, o quanto os firmas esperam vender. Portanto a demanda por trabalho dependerá da demanda esperada. Quando a demanda esperada seja maior que a demanda efetiva, os empresários terão incentivos para investir e demandar mais mão de obra no próximo período. Caso contrario, se a demanda efetiva for menor que a esperada, as firmas não conseguirão vender seus sua produção, formando estoques, o que pode resultar na demissão de funcionários acumulando assim uma capacidade ociosa, pois o produto efetivo passa a ser menor que o produto potencial. Para Keynes o mercado de trabalho não se regulava através de variações no salário, pois ele explicava que os salários não tenderiam a decrescer devido a questões legais como acordos sindicais e leis de salários mínimos. O desemprego é um problema de demanda insuficiente. Para solucionar esse problema