economia
Em função da crise surgiram controvérsias e importantes estudos sobre os ciclos econômicos de prosperidade e depressão, a própria essência do regime capitalista vigente nas economias ocidentais e o seu forte embasamento em princípios liberais. Constatava-se também a necessidade de maior conhecimento quantitativo sobre as características e o funcionamento das economias nacionais, para que os governos pudessem melhor formular suas políticas.
As primeiras análises apareceram nos Estados Unidos, no princípio da década de 1930, com estimativa formal da “renda nacional”. Sem muito atraso, desta feita, no Brasil se publicou a primeira estimativa em 1950.
A crise mostrou ainda ser indispensável a existência de políticas governamentais de promoção e revigoramento das economias nacionais. Foram revistas teorias econômicas gerais e postas em prática novas políticas de intervenção do Estado.
Exemplo notável dessa atitude foi a que conduziu ao New Deal, do presidente
BREVÍSSIMA REVISÃO HISTÓRICA | 9
Roosevelt e de sua equipe econômica. Em muitos países cresceu também o interesse pelo que se passava com os “planos quinquenais” da União Soviética. Proliferaram análises comparativas entre capitalismo e socialismo.
Em uma terceira direção se encaminhavam os países da Europa que mais sofriam com problemas de desemprego e de instabilidade monetária na década de 1920.
Fortaleceram-se na Alemanha e na Itália, com repercussão em várias outras nações, regimes políticos autoritários que buscavam, além da recuperação econômica, assumir papel relevante no cenário internacional. Diante dos desafios por eles interpostos à ordem estabelecida, que não puderam ser contidos pela Liga das Nações, ruiu esta organização e, com ela, temporariamente, o prestígio da Inglaterra e da