economia
A concentração de renda pode ser mensurada de diversas formas. Geralmente, ela é deduzida somando-se a riqueza captada pelos países mais ricos. O número é então comparado com a soma da riqueza acumulada pelos países mais pobres. Assim, os números obtidos pelos 10% mais ricos e 10% mais pobres são confrontados, e quanto maior o contraste entre os resultados, diremos que maior será a concentração de renda por parte dos mais ricos. Esta é uma forma bem simples de estabelecer este conceito. Na verdade, existem métodos bastante conhecidos para aferir a concentração de renda: os dois mais conhecidos são o Coeficiente de Gini e o Índice de Theil.
De acordo com as Nações Unidas, quase 90% da riqueza mundial pertence a moradores da América do Norte, Europa e de países de renda elevada na região Ásia-Pacífico, como o Japão e a Austrália. Os 50% mais pobres da população respondem por apenas 1% da riqueza do planeta. Esta riqueza é concentrada de tal maneira, que dividíssemos a renda mundial de maneira equitativa, cada pessoa teria de ativos da ordem de US$ 20,5 mil.
No ano de 1997, os 10% mais ricos se apropriavam de, aproximadamente, 50% da renda total, enquanto que os 50% mais pobres se apropriavam de pouco mais de 10% da renda total. A parcela de renda recebida pelos 1% mais ricos era maior (13,8%) que a parcela de renda recebida pelos 50% mais pobres (11,8%). A renda média do 1% mais rico era quase 59 vezes maior que a renda média dos 50% mais pobres. Mesmo os países de renda média e com nível de crescimento elevado ainda precisam avançar muito antes de atingir patamar de prosperidade semelhante ao das nações mais ricas.