Economia
De acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), a concessão de crédito com recursos das cadernetas de poupança aumentou 3,6% em valores. Foram R$ 82,8 bilhões de financiamentos em 2012, contra os R$ 79,9 bilhões de
2011. A comparação das 453 mil unidades contratadas no ano com as 493 mil de 2011 resulta em retração de 8%.
Destaca-se a relação Valor Financiado com Valor do Imóvel, também conhecido por LTV – Loan to Value, que foi de 63,8%. Isso significa que o comprador participou com recursos próprios (poupados) da ordem de 36,2% do valor do imóvel na média de operações do ano, a fim de complementar o financiamento concedido pelo agente financeiro. O LTV de 2011 foi de 63,0%, e o de 2010, 62,0%.8
A maior participação dos recursos do comprador no momento de aquisição do imóvel, aliada à cultura de aquisição da casa própria para moradia – já que 70% dos compradores buscam o primeiro imóvel –, são os principais fatores para a redução da taxa de inadimplência de crédito imobiliário, que foi de 1,4%, em setembro, para os imóveis financiados com garantia de alienação fiduciária.
O crescimento de 15% no financiamento de aquisição de imóveis residenciais, com 132,6 mil e 152,5 mil unidades no primeiro e segundo semestre de 2012, respectivamente, demonstram que vivemos, nos últimos meses, um momento de aumento de entrega de moradias prontas aos consumidores finais.
CONSIDERAÇÕES
Ao contrário de 2012, as perspectivas para 2013 são melhores. Os momentos de euforia na economia acabaram e se vive, agora, um momento de pós-ajustes. Na área internacional, há percepção de que a economia europeia encontrará solução sem colapso do euro. A economia dos Estados Unidos poderá sair da crise e entrar em uma fase de crescimento. A China voltará sua atenção para o mercado doméstico e crescerá menos.
O Brasil, por sua vez, já apresentou mudanças com a redução das taxas de juros que