economia

821 palavras 4 páginas
A taxa de juros tem sido tema freqüente do debate econômico e político no Brasil há muitos anos. Tratado de forma superficial por alguns, o tema é comumente abordado nas campanhas para Presidência da República, porém, deixado de lado, logo após o término de cada campanha eleitoral.
O Brasil é um dos campeões de juros altos em todo o mundo. Com a taxa SELIC na casa dos 10,50% ao ano, considerando inflação medida pelo IPCA de 4,5% (previsão do IPCA para 2012), a taxa de juros real projetada para este ano é de 6,0% ao ano.
A trajetória da Selic para este ano tem sido de baixa, porém, analisando o período de 1999 e 2011, observa-se o seguinte comportamento: de 1999 a 2011, a SELIC ficou na média de 15,4%. No mesmo período, a inflação média pelo IPCA foi de 6,8%, resultando em juros real médio de 8,6%.
Juros real alto intoxicam a economia, com amplas ramificações: inibem a atividade produtiva, tornando o custo do crédito estratosférico, quando considerado o spread bancário (diferença entre taxa de captação e taxa de empréstimo dos bancos); tem peso significativo sob o estoque da dívida pública, fazendo com que o governo destine boa parte da arrecadação tributária para pagamento de juros de sua dívida, cada vez crescente, esterilizando recursos que poderia ser destinados a atividade produtiva; inibe o crescimento econômico. A atividade empresarial e empreendedora fica comprometida. Torna-se melhor alocar recursos excedentes para títulos públicos (com rentabilidade garantida e baixo risco), que alocar na atividade produtiva; qualquer projeto de investimento será analisado tendo como base a taxa Selic. Os empresários tomarão decisão de investimento somente se os projetos apresentarem rentabilidade superior à taxa. Neste caso, projetos com taxa de retorno e maturidade de longo prazo serão engavetados.
No ano de 2011, o governo federal gastou com juros (pagos sobre os títulos da dívida pública), R$ 236,7 bilhões, equivalente a 24,4% de toda a arrecadação federal no

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