Economia solidária
EM QUE CONSISTE A ECONOMIA SOLIDÁRIA?
OS LIMITES DA AUTOGESTÃO.
A inelutabilidade das relações econômicas heterônomas.
Os empreendimentos heterônomos não estão excluídos duma lógica solidária.
A autogestão não é suficiente para romper com o comportamento capitalista.
O trabalho emancipado não se reduz ao efetuado associadamente.
CRITÉRIOS PARA AVALIAR A SOLIDARIEDADE NUMA EMPRESA.
CONCLUSÕES.
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ECONOMIA SOLIDÁRIA E AUTOGESTÃO: IMPRECISÕES E LIMITES
ARMANDO DE MELO LISBOA*
Em geral se aponta a autogestão, a democracia na economia, como a característica central e definidora da economia solidária. Sem dúvida que a autogestão é uma característica que qualifica a economia solidária, porém é preciso admitir que a mesma não apenas não é uma condição suficiente, como também pode ser um elemento não necessário para definir o caráter solidário duma atividade econômica. Este é o ponto que está em debate neste trabalho, o qual principia com uma discussão conceitual a respeito da economia solidária, para em seguida apontar 4 fatores que limitam a presença da autogestão dentro da economia solidária, encerrando a seguir com uma breve indicação de critérios para avaliar a efetividade da solidariedade dentro de um empreendimento.
EM QUE CONSISTE A ECONOMIA SOLIDÁRIA?
A expressão economia solidária designa, antes de tudo, inúmeras experiências abrangendo formas de agricultura familiar, assentamentos do MST, empresas industriais ou rurais recuperadas através da autogestão, cooperativas, redes de catadores e recicladores, redes nacionais e internacionais de comércio justo, de incubadoras de cooperativas, inúmeras experiências de finanças solidárias, clubes de trocas, as economias indígenas, dos quilombos ...
Como vemos, esta outra economia configura um imenso campo que possui uma grande diversidade. Estas práticas se encontravam dispersas e fragmentadas. A partir do