Economia Política Internacional
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA ECONOMICA DO PERÍODO CONTEMPORÂNEO
DONCENTE: BERNARDO KOCHER
DISCENTE: VITOR ARNOLDI ANTUNES
QUESTAO 1B
Em face à crise econômica que eclode em meados dos anos 1970, a importância da economia política deveria se voltar, principalmente, para a resposta de três perguntas fundamentais, a saber, a) qual foi o percurso histórico da referida crise? Era ela evidente e presumida em seu trajeto no pós-guerra? Ou foi tão somente algo conjuntural, devido à combinação de uma serie de fatores políticos, macro e microeconômicos? b) Por que, desta vez, se abandonou os estabilizadores endógenos e o crescimento sustentado? c) Era esse abandono, por parte do Estado, parcial e definitivo? Independentemente das respostas obtidas, deve-se ter em conta a peculiaridade da presente crise: diferenciando-se das anteriores, para a quais havia sempre uma combinação de recessão seguida de uma intensa deflação, a de 1970 se caracteriza pela coexistência entre uma espiral inflacionaria ascendente e uma violenta recessão, fato que fez muitos economistas a denominarem de “Crise de Convergência Macroeconômica”. Para responder as perguntas anteriormente elencadas, devemos partir do modelo macroeconômico keynesiano de produto real e potencial, segundo o qual a dinâmica de uma economia deve, necessariamente, ser sustentada por uma política de manejo de demanda, segundo o qual seu comportamento, tomada de forma agregado, deve atuar sempre próxima ao limite do pleno emprego; somente esta medida teria um real efeito de política anticíclica. Operando por meio de política fiscal e monetária – e tendo em vista o controle de demanda –, era função de o Estado manter a economia em um quase “boom”. Na prática, esta medida, em âmbito macroeconômico, se efetivou durante todo o período de 1953 a 1974, apresentando, inicialmente, inegável sucesso e dissimulando, de modo não menos satisfatório, os limites que essas