Economia para advogados
Helga Loos*
René Simonato Sant’Ana**
É preciso viver, não só existir...
(Plutarco)
RESUMO
Trata-se de um convite à reflexão, no sentido de fornecer elementos, provenientes da filosofia e da psicologia, na intenção de contribuir para uma visão mais crítica e produtiva da atividade científica, bem como para um resgate da amplitude da vida. Defende-se que sejam consideradas, sobretudo, as relações entre os fenômenos – sejam estes sociais ou naturais –, em lugar de uma postura fragmentada e individualista perante o mundo. Toca questões ligadas à atitude – como forma de ver e estar no mundo –, à ética, ao desejo, ao conhecimento, ao afeto e à consciência. Explora a visão não apenas dialética, mas também monista de Vygotsky acerca da construção e da expressão humana – a qual se inspirou em autores tais como Espinosa
–, segundo a qual os processos psíquicos formam-se a partir de relações de interdependência entre aspectos sociais, cognitivos, afetivos e do âmbito
* Graduada em Psicologia, Doutora em Psicologia, Desenvolvimento Humano e Educação pela Unicamp. Professora do Departamento de Teoria e Fundamentos da Educação, Universidade
Federal do Paraná. E-mail: helgaloos@yahoo.com.br
** Graduado em Filosofia, Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professor da Fies – Paraná. E-mail: renesimonato@gmail.com
Educar, Curitiba, n. 30, p. 165-182, 2007. Editora UFPR
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LOOS, H.; SANT’ANA, R. S. Cognição, afeto e desenvolvimento humano: a emoção de viver e a razão de existir
da ação. Uma perspectiva que supera o tradicional dualismo entre a razão e a emoção, contribuindo para uma compreensão mais integrada e mais dinâmica dos indivíduos. Apresenta-se, assim, um apelo à busca da razão e da emoção de viver na dimensão da existência humana.
Palavras-chave: sociointeracionismo; monismo;