Economia colonial no brasil
Durante os três séculos em que governou o Brasil, Portugal colocou em prática uma rentável política econômica com o objetivo de transferir as riquezas da colônia para seus cofres.
A economia do Brasil colônia foi sempre voltada para o benefício de Portugal. Inserida no contexto do mercantilismo europeu, foi caracterizada pelo pacto colonial, segundo o qual os brasileiros só podiam comercializar produtos com os portugueses, de modo que esses últimos compravam barato, vendiam caro e ainda tinham exclusividade na exportação das mercadorias do Brasil a outras nações. A grande maioria dos lucros ia para a metrópole, especialmente para os cofres da Coroa portuguesa, que cobrava altos impostos sobre a exploração dos produtos coloniais. As principais atividades econômicas realizadas no período em nosso território foram a extração do pau-brasil, a produção de açúcar, a mineração e a pecuária.
PAU-BRASIL
A primeira riqueza brasileira percebida por Portugal foi o pau-brasil, madeira então abundante em nosso litoral, usada como matéria-prima para a fabricação de tinturas. A extração era feita pelos índios, que trocavam a mercadoria - numa prática conhecida como escambo - por quinquilharias, como espelhos e colares, que eram fornecidos pelos comerciantes portugueses. Em alguns pontos da costa foram instaladas feitorias para o armazenamento do produto.
A atividade era simples e bastante lucrativa, mas trazia um problema: os mercadores lusitanos vinham ao Brasil, carregavam seus navios e, em seguida, voltavam à Europa, sem se fixar na colônia, o que facilitava a ocorrência de ataques estrangeiros. Ou seja, para garantir a proteção de seus domínios na América, Portugal precisava povoá-los urgentemente. Ocorre que havia uma maneira bastante rentável de fazer isso: bastava introduzir uma atividade de produção na região.
AÇÚCAR
Escolhida a estratégia, definiu-se o produto: o açúcar. A matéria-prima, a cana-de-açúcar, adaptava-se bem ao clima e ao solo