Economia Brasileira de Collor a Lula
1997; Carvalho Jr. e Vergara, 1996; Serva, 1990, 1992).
Em conseqüência, minimiza-se a compreensão dos aspectos culturais responsáveis pela formação da sociedade brasileira, que podem ser relevantes para o entendimento das empresas no país e para explicação de certas práticas e ações adota- das por seus dirigentes.
Apesar do aumento significativo dos estudos brasi- leiros na área de administração que endereçam o tema da cultura a partir da década de 1990, ainda são poucos os pesquisadores que realizam a análise das organizações no país também com base nas raízes, na formação e na evolução dos traços da cultura brasileira. Até os pesqui- sadores que abordam a cultura organizacional o fazem, em sua maioria, sem procurar entender melhor o seu relacionamento com a cultura brasileira – ou manifes- tações da sua diversidade – no espaço organizacional das empresas aqui instaladas (Motta e Caldas, 1997). Neste sentido, é relevante o desenvolvimento de estudos que discutam a necessidade de uma teoria organizacional mais adaptada ao Brasil e de se verificar a influência de traços específicos da cultura nacional em organizações no país.
De acordo com Caldas e Wood Jr. (1998), muitas categorias e pressupostos normalmente empregados nos estudos organizacionais podem ser pouco úteis ou até mesmo inaplicáveis no contexto brasileiro. Nessa mesma linha de análise, vale destacar a afirmação de Fachin e
Rodrigues (1998) no sentido de que o