Ecologia
“No mundo todo, em função das ações humanas, está ocorrendo uma perda de espécies sem precedentes e que pode ser irreversível (PRIMACK & RODRIGUES, 2001). O Brasil, por exemplo, possui um total de 627 espécies da fauna ameaçadas de extinção (DRUMMOND, 2008), sendo resultado principalmente, da perda e fragmentação de habitats, caça e tráfico de animais silvestres e da introdução de espécies exóticas e invasoras (RENCTAS, 2001).”
“A reintrodução de espécies tem se afirmado cada vez mais como uma valiosa ferramenta para conservação (Seddon, 1999; Seddon & Soorae, 1999; Mathews et al., 2006; Lipsey & Child, 2007; Jule et al., 2008).”
De fato, a reintrodução de animais silvestre é a melhor forma de conservação das espécies, pois permite a criação em cativeiro e sistematicamente a soltura destes animais em épocas de extinção e/ou do declínio populacional. Concomitantemente, a reintrodução destes animais consiste na tentativa de estabelecer ou restabelecer (aumentar) uma população em que uma espécie, em sua área original ou com características semelhantes, possa desenvolver-se e não corra o risco de extinção ou tenha um declínio populacional severo. Reintroduzir animais silvestres na natureza não parece ser algo simples de se fazer, sendo necessário observar diversos fatores para que esta recolocação seja eficaz e que tenha um alto índice de sucesso, virtude que a mortalidade destes animais inseridos na natureza ser bastante alta, uma vez que em muitos casos, eles são retirados de habitat quando filhotes e perdem suas habilidades necessárias para sobrevivência. Seria necessária a criação de mecanismo para condicionar esses indivíduos de volta a vida selvagem. As características perdidas ou as inaptidões devem ser