Eclusas do douro
Para assegurar a navegabilidade do rio Douro foram construídas cinco barragens, no troço nacional, a partir dos anos 70, cada uma das quais incluí uma eclusa, com dimensões que permitem a sua transposição por embarcações de grandes dimensões (83 m de comprimento, 11,40 m de boca, 3,8 m de calado e uma capacidade de transporte até 2.500 ton.).
O aproveitamento do Carrapatelo, primeiro empreendimento hidroeléctrico a ser construído no Douro Nacional, em 1971, foi dotado de uma das mais altas eclusas do mundo, vencendo um desnível de 35 m. Foi a primeira realização nacional neste domínio e representa, também pela sua grandiosidade, um marco na história da navegação no Douro
Seguiram-se os aproveitamentos da Régua (1973), Valeira (1976), Pocinho (1983) e Crestuma/Lever (1985).
Cada uma das 5 eclusas representa um patamar na “escada de água” que torna possível a navegação entre o Porto e Barca de Alva (210 km).
Apesar de construídas com um intervalo de tempo superior a uma década, e por isso com tecnologias diferentes, o funcionamento das cinco eclusas é semelhante quanto ao seu princípio: o enchimento e esvaziamento da caldeira realiza-se pelo fundo, através de fendas que ocupam duas faixas longitudinais da soleira e que são alimentadas a partir de câmaras situadas por baixo delas
Cada eclusa dispõe de um circuito hidráulico, para o enchimento e o esvaziamento da caldeira, com uma secção que varia entre os 2,4 m x 3 m em Crestuma e os 3,6 m x 3,6 m na Valeira
O enchimento e o esvaziamento da caldeira é efectuado através de dois conjuntos de comportas do tipo vagão, accionadas por servomotor hidráulico, utilizando o princípio dos vasos comunicantes.
As portas de montante das caldeiras são todas semelhantes nas cinco eclusas de navegação,