ebola
Esta é a pior epidemia de ebola já registrada, tanto em número de casos quanto em mortes.
Começou em fevereiro, no interior da Guiné, matando 346 pessoas. Em dois meses, atingiu a capital, Conacri.
Em maio, a epidemia chegou a Serra Leoa, deixando 252 mortos.
Em meados de junho, o vírus se espalhou para a Libéria e matou 227 pessoas.
No mês seguinte, julho, foi a vez da Nigéria anunciar o primeiro doente. Já existem casos não confirmados em Gana, Mali e na Costa do Marfim.
Cientistas acreditam que o vírus viva nos morcegos da fruta
O vírus ebola foi descoberto apenas nos anos 70, nas florestas da África. Os cientistas acreditam que o vírus viva nos morcegos da fruta, que ocupam as cavernas da região. Nele o vírus não provoca doença. Mas uma fruta meio comida por um morcego e encontrada por outro animal pode dar início à epidemia.
Primatas são muito vulneráveis. Em apenas uma epidemia, mais de cinco mil gorilas morreram. Humanos contraem o vírus ao comer frutas ou caça contaminadas, ou ao manipular um animal morto.
Vírus passa de uma pessoa para outra entrando pelas mucosas
O vírus passa de uma pessoa para outra, entrando pelas mucosas, como os olhos, por exemplo. Por isso os médicos usam tanta proteção.
Em uma vila no interior da Guiné, durante um mês, a médica brasileira Raquel Esteves Soeiro esteve na linha de frente do combate à doença. Todos os médicos e enfermeiros usam roupas de proteção de borracha, cobrem até os olhos.
“Nenhuma parte do corpo fica exposta. E a gente ainda põe um avental na frente, porque se por acaso o paciente que estiver internado tiver vomitando ou tiver diarreia e a gente tiver esse contato com secreção vai ficar ali no avental não vai chegar nem no macacão de borracha.”, explica a média Raquel Esteves Soeiro, do Médicos Sem Fronteiras.
A cada entrada e saída, um rito. Tudo é desinfectado com cloro. São quase cinco minutos só para tirar a roupa de proteção de maneira adequada.
Hoje, a