ANENCEFALIA
Ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente não aceita exceções, diz entidade Católica.
A presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta sexta-feira, 13, em que "lamenta profundamente" a decisão tomada na quinta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), liberando o aborto de fetos anencéfalos. As informações são do Portal UOL.
“Legalizar o aborto de fetos com anencefalia, erroneamente diagnosticados como mortos cerebrais, é descartar um ser humano frágil e indefeso. A ética que proíbe a eliminação de um ser humano inocente não aceita exceções", diz a nota.
Para a entidade, o Supremo legislou no lugar do Congresso Nacional.
Na nota, a CNBB ainda se defendeu de críticas ao dizer que defende seu ponto de vista também com argumentos jurídicos e científicos. "Exclui-se, portanto, qualquer argumentação que afirme tratar-se de ingerência da religião no Estado laico.”
Decisão do STF
Após dois dias de debate, o STF decidiu nessa quinta-feira, 12, por oito votos a favor e dois contrários, que a interrupção de gravidez no caso de fetos com anencefalia comprovada não é crime.
Os votos contrários foram proferidos pelos ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso. O ministro Dias Toffoli não votou por ter se considerado impedido, já que se manifestou sobre a ação enquanto advogado-geral da União.
Para Peluso, este foi o julgamento mais importante da história do tribunal. Isso porque "tentou definir o alcance constitucional do conceito de vida e de sua tutela normativa
Conselho Federal de Medicina define critérios de diagnóstico de anencefalia
Aborto só deverá ocorrer após ultrassonografia detalhada e assinada por dois médicos
A interrupção da gravidez no caso de fetos anencéfalos (malformação no tubo neural, no cérebro) só deve ocorrer depois que for feito um exame ultrassonográfico detalhado e assinado por dois médicos,