Durval discos

Durval Discos

O filme se passa em 1995, Durval é um jovem adulto que mora com a mãe e tem uma loja de discos de LP. Seu círculo social é restrito ao bairro onde fica sua casa e sua loja, ao lado há uma doceria onde Durval é amigo de uma das vendedoras chamada Elizabeth, a loja de Durval recebe poucos clientes e Durval revolta-se quando um de seus fregueses o questiona por só vender discos de LP, afirmando que o mesmo está ultrapassado. A dinâmica familiar de Durval centra-se apenas nele e a mãe até a chegada de uma moça para trabalhar na casa que após alguns dias acaba desaparecendo e deixando uma menina para os dois, a mãe de Durval encanta-se com a menina e passa a mimá-la e fazer todas as suas vontades. Durval sente ciúmes no inicio da menina, mas logo vai acostumando-se e gostando da presença da mesma até descobrir que a menina na verdade foi seqüestrada pela moça que trabalhava na sua casa e que foi morta num confronto com a policia, a partir daí Durval decide entregar a menina a policia, mas a mãe dele faz de tudo para impedir e acaba entrando em surto.

Durval era a bengala imaginaria da mãe, ela o tomava como outro imaginário de identificação, ele a sustentava como um ser único onde ambos eram um só, sem imposição de uma lei ou a inclusão de um terceiro. Quando acontece a chegada da moça para trabalhar na casa, a mãe de Durval sente-se incomodada com este outro terceiro que chega para mudar a rotina de sua casa. Mas com a chegada da menina ela se encanta tomando a menina como identificação de um falo imaginário materno e objeto de uso pessoal, a menina torna-se seu espelho de identificação imediata, sua bengala imaginária. Durval inicialmente sente ciúme por não estar mais de bengala imaginaria da mãe. No decorrer do filme, ele entra no lugar do pai simbólico, tanto da mãe quanto da menina.
A partir da imposição de durval como castração simbólica exigindo a significação da realidade para a mãe ela entra em surto, como na cena em