Durkheim se preocupava com a questão metodológica da sociologia, aplicada ao estudo sério dos fatos sócias. Os outros autores não se preocupavam em estabelecer uma metodologia para os fatos sociais, o que comprometeu nos resultados a que chegaram. Um método de pesquisa é o procedimento pelo qual se observa cientificamente um objeto. Portanto, Durkheim define o objeto próprio de estudo da sociologia: os fatos sociais. O autor observa que não é qualquer fato que ocorra no interior da sociedade que recebe a qualificação de fato social, tais como comer, pensar e dormir. Ele nota como característica dos fatos sociais é justamente a circunstância de tais fatos existirem fora da consciência individual de cada um dos membros da sociedade, eles já existia quando nascemos e muito dificilmente poderemos mudá-los pelo nosso próprio esforço, e independem de nossa vontade, exercendo sobre nós, força coercitiva. O sociólogo observa que a educação de uma criança é voltada inteiramente de valores e costumes de determinada sociedade. Ao passo que as crianças crescem e vão se educando, a coerção relativa a tais fatos sociais vai sendo cada vez menos sentida, porque as referidas práticas passam a se tornar hábitos corriqueiros. Durkheim repara que certo fenômeno só pode ser coletivo se for comum a todos os membros da sociedade ou pelo menos a maior parte deles, ou seja, um fenômeno somente pode ser social se for geral. Ele separava esses fatos em três características: coercitividade - característica relacionada com a força dos padrões culturais, ou seja, estes padrões culturais eram tão fortes que obrigavam os indivíduos a cumpri-los; exterioridade – esta característica transmite de que o fato desses padrões culturais serem exteriores ao indivíduo; generalidade – os fatos sociais não existem para um indivíduo e sim para a coletividade. Em sua compreensão, a sociedade, como qualquer outro organismo vivo, passaria por ciclos vitais com manifestações de estados normais e