Durkheim
Para Durkheim, a sociologia pode ser definida como a “ciência das instituições, da sua gênese e do seu funcionamento” definindo como objetivo da sociologia os fatos sociais.
Os fatos sociais correspondem a todo fenômeno capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o indivíduo, sendo este independente e exterior ao indivíduo e estabelecida em toda a sociedade. Eles são formados pelas representações coletivas, pela forma como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia, através de lendas, mitos, concepções religiosas, crenças morais, etc. A única forma de explicar os fatos sociais, segundo Durkheim, é através de seus efeitos sociais.
Para Durkheim o modo como o homem age está sempre condicionado pela sociedade, sendo assim, a sociedade é que explica o indivíduo. O modo de agir do homem pode ser definido em três características:
Exterioridade: exteriores ao indivíduo e independentes de sua consciência.
Coercitividade: impostas pela sociedade ao indivíduo
Objetivo: existe independente do indivíduo. Durkheim também percebeu a importância de se compreender os fatores que explicariam a organização social, isto é, compreender o que garantia a vida em sociedade e uma ligação entre os homens. Chegou à conclusão de que, os laços que prenderiam os indivíduos uns aos outros nas mais diferentes sociedades, seriam dados pela solidariedade social.
A solidariedade social, segundo Durkheim, é obtida pela consciência coletiva, ou seja, pelo “conjunto de crenças e de sentimentos comuns à média da população de uma determinada sociedade, formando um sistema com vida própria, que exerce uma força coercitiva sobre seus membros.”