Durkheim
No século XVIII, Giambatista Vico dizia em sua obra “A Nova Ciência” que a sociedade se subordina a leis definidas que podem ser perfeitamente estudadas. Ele estava trazendo para a sociedade européia, dita civilizada, uma metodologia de estudo que os evolucionistas já usavam para estudar outros povos desde o incremento da colonização de outros continentes.
A idéia de se dedicar ao estudo da sociedade européia não era nova, mas tão pouco era uma ciência estabelecida. Vários filósofos e economistas inclinavam-se cada vez mais ao estudo dos fenômenos socias como determinantes em suas pesquisas. Entretanto foi somente no século XIX que esta tendência se tornou reconhecida como uma condição para o Conhecimento. Auguste Comte criou o termo Sociologia para denominar o estudo da sociedade que dava ênfase aos fenômenos sociais, suas instituições e suas regras. Contudo, sua obra não era Sociologia, era mais uma ciência sociológica, feita de muita inspiração e pouco rigor metodológico.
Foi somente na segunda metade do século XIX, com Émile Durkheim que a Sociologia realmente passou a existir, com objeto, método e objetivos claros e definidos. Mesmo que de lá para cá estes tenham mudado bastante. Podemos dizer que se Durkheim não foi o “pai” da idéia, com certeza ele foi o “pai” da ciência.
A partir do final do séc. XVII e início do séc. XVIII é grande o número de pessoas, principalmente entre os mais pobres, que são forçados a deixar seus lares no campo e rumam para as cidades a fim de encontrar novas formas de sobrevivência. Durante estes dois séculos o número de indústrias, localizadas dentro e na periferia das cidades, aumenta assustadoramente modificando a paisagem urbana, bem como seu estilo de vida.
A cidade ganhou uma nova feição caracterizada pelo modo de produção capitalista e pelo trabalho assalariado, refletindo suas contradições. A arrancada industrial não beneficiou os assalariados, pois enquanto o custo de vida nas cidades subiu