Duchamp e o dadaísmo

DUCHAMP

Curitiba, 2013

Podemos classificar Duchamp como um revolucionário nas artes, pois mostrou formas diferentes de ver um objeto comum. Suas obras são adoradas talvez por minorias, que entendem que arte não é somente Da Vinci, Caravaggio, Monet... E que diversas manifestações artísticas possuem belezas e significados muitas vezes ocultos e que devem ser observadas minuciosamente até entendê-las.
Claro que devemos partir do ponto que existem diferenças entre a arte moderna do Dadaísmo e de uma pintura barroca, por exemplo. O fato é que vivemos claramente com valores e gostos distintos que as pessoas de outras épocas, e isso implica justamente no nosso modo de fazer arte.
Enquanto uma pintura do renascimento tinha toda a beleza do ser humano nas suas formas milimetricamente representadas na pintura, na arte moderna isso já não vem como uma regra, assim como em muitos outros movimentos que se seguiram após o renascimento. Enquanto uma pintura nos mostra os gostos, costumes e indumentária de uma época, a arte de Duchamp nos leva ao imaginário, a testar nossos sentidos e intuições para que possamos entendê-las.
Podemos também perceber certa ironia nos trabalhos de Duchamp com o conceito de ready made, e o urinol, que é sua obra mais difundida. Fala-se tanto em usar a imaginação para interpretar suas obras, que há quem diga que a obra urinol possui semelhança com as formas do corpo feminino e que a partir disso teríamos então o membro masculino lançando urina sobre a forma feminina. Especulações a parte, o nome da obra “A Fonte” não é à toa.
O ser humano tem curiosidade e busca por novidade, após anos de movimentos artísticos que pouco se renovavam, chegou o Dadaísmo para bater de frente com os que têm um estilo mais clássico. Algumas novidades podem não ser bem aceitas, mas não devemos desmerecê-las, visto que o movimento deve sua importância para a arte moderna.
Não existirá outro Duchamp, com outra fonte, assim como não