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Eu sempre gostei das quartas feiras. Meu avô, durante um almoço, me perguntou que dia da semana era. Eu respondi que era quarta feira, então ele redarguiu “então a semana já está acabando”. Não sei explicar o por quê, mas depois desse dia, todas as minhas quartas foram especiais. No ano passado conclui o meu Ensino Médio no Colégio Nacional, em Uberlândia. As aulas eram pura teoria com, raramente, alguma gracinha que o professor fazia para não passar a impressão de que estavam criando robôs biologicamente conscientes. Um dia, andando pelos corredores, li em um cartaz a sigla “DST” e pensei comigo mesma “só pode ser a doença”; acontece que era. E seria, até hoje, a minha maior enfermidade acadêmica. Acontece que o DST, na verdade, não era a sigla para Doenças Sexualmente Transmissíveis, mas sim Debates Socialmente Transmissíveis. De primeira instância, fiquei curiosa. Mas, como estava no terceiro ano, considerado o “terror” do Ensino Médio por ser o mais exigente, já que este deveria ser supostamente o ano da nossa ponte até a Universidade, e eu precisava estudar muito para construir essa ponte com a melhor madeira, deixei passar. E deixei passar, passar, passar... até que um dia resolvi ir. Em toda a minha vida, nunca acertei tão primorosamente em uma escolha como havia feito naquele dia de DST, que ironicamente, eram realizados às quartas. Primeira sessão; a pauta do debate era o programa Mais Médico, implantado pelo governo Dilma, que gerou várias polêmicas ao trazer médicos cubanos para o Brasil. A fervorosidade com que era tratado o tema, a maturidade de pessoas do primeiro e segundo ano, como também do terceiro, e a própria participação de um professor de História que curiosamente era médico, me deixaram estupefata com este projeto do Colégio, que aqui, creio que se encaixa como “educomunicativo”. Contudo, o debate sobre o programa Mais Médicos fora o primeiro de muitos: após este, eu nunca mais faltei a um DST. Chegava sempre na