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AS RELAÇÕES DE TRABALHO NUMA
SOCIEDADE CAPITALISTA
A SOCIEDADE TECNIZADA E CAPITALISTA
João Bosco Laudares*
A partir da industrialização no século XIX com o movimento da urbanização, êxodo do campo na criação das cidades, quando as fábricas foram o refúgio e o espaço de trabalho do homem, um novo tipo de sociedade surgiu, industrial e capitalista. Mudanças no modo de viver e de trabalhar caracterizadas por novos referenciais: políticas, a ensejar relações sociais em padrões de classes; técnico, a definir uma configuração no modo de produzir. Isto é, a hegemonia da indústria sobre o agrário-rural, da cidade sobre o campo.
Com a industrialização nasce o capitalismo a consagrar a dialética, trabalho e capital. A perda da autonomia do trabalhador, dos seus meios de produção, do planejamento e do processo de trabalho, o subjuga aos domínios do capitalista com o seu tipo de estruturação laboral. Exemplo típico das novas condições de trabalho e de vida foi definido pelo fordismo, que fez do trabalhador um consumidor e regulou, pelos assistentes sociais, seus hábitos e procedimentos sociais no espaço externo da fábrica.
A expansão capitalista, definida por meio da produtividade e competitividade com suas forças vitais e inerentes para acumulação, provoca alterações substantivas na economia, nas relações de empregos e na estrutura ocupacional no interno das organizações trazendo definições da formação e qualificação do trabalhador, além de incitar contínuas reestruturações produtivas com conseqüência para mudanças societárias.
* Mestre em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais. (laudaresjb@dppg.cefetmg.br)
Curitiba, n. 2, 1º semestre de 2006
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