Drogas
Para os meios de comunicação de massa, drogas são determinadas
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Alunos de graduação do 3° ano de Ciências Sociais da UEL. E-mails: bru_triana@hotmail.com e lucas_amaral_oliveira@hotmail.com.2 substâncias que estão proscritas por lei (crack, cocaína, maconha).
Juridicamente conceituada, drogas são substâncias que alteram o estado psíquico, físico e mental do consumidor e que causam dependência química e física. A mídia se utiliza dessa definição legislativa, considerando drogas todas as substâncias proibidas por lei, e propaga todos os dias, através dos noticiários da televisão ou dos jornais, muitas situações ligadas diretamente, através de uma lógica banal de causa-efeito, com o mundo da droga: número de mortos, traficantes e usuários em guerra, o número de dependentes aumentando, os quilos apreendidos no intermédio do tráfico, etc.
No entanto, “a droga não é um problema em si, ela é também o problema da construção social, de construção das comunicações que se fazem em torno dela” (BOLOGNA, 2002, p.85). O uso de substâncias ilícitas está relacionado à própria visão de mundo de um grupo social e à construção de uma identidade individual e cultural. Por exemplo, os que consomem anabolizantes, atualmente, se voltam para a virilização da ética e, sobretudo, da estética. Numa lógica totalmente contrária, como aponta Sabino (2000, p.2), drogas como maconha, cocaína, heroína, entre outras, são “consideradas substâncias causadoras da perda de autocontrole (...), sendo responsáveis pela concepção (...) de que seus usuários são pessoas com conduta sem freios beirando a loucura, enfim, conduta que poderia ser denominada dionisíaca”.
Ainda, a atenção em