drogas de abuso
As drogas podem ser estimuladoras, depressoras ou perturbadoras do sistema nervoso central. O efeito estimulante no sistema nervoso central é caracterizado por euforia, acrescido de estado de alerta, aumento de energia e intensa emotividade. A cocaína e as anfetaminas são as principais representantes desta classe por exercerem poderoso efeito estimulante no sistema nervoso central.
A ação depressora é feita por substâncias capazes de lentificar ou diminuir a atividade do SNC, como a heroína, por exemplo. Pessoas sob o efeito de tais substâncias tornam-se sonolentas, lerdas, desatentas e desconcentradas. Os perturbadores, como por exemplo a maconha, referem-se ao grupo de substâncias que modificam qualitativamente a atividade do SNC. Ou seja, perturbam, distorcem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa passe a perceber as coisas deformadas, parecidas com as imagens dos sonhos.
2 METANFETAMINAS
Os efeitos das metanfetaminas no cérebro estão relacionados com o aumento abrupto da produção da dopamina, neurotransmissor importante no delicado mecanismo de recompensa cerebral. Esse mecanismo regula nosso humor, emoções, excitações, estados de euforia e satisfação. A ingestão regular de euforizantes químicos, tais como metanfetaminas, enviam um sinal falso para o cérebro de que o consumo desta droga e as situações envolvidas são imensamente benéficas em detrimento daquelas realmente importantes para nossa evolução.
As metanfetaminas atuam por vários mecanismos que se associam para alcançar concentrações extremamente altas de monoaminas na fenda sináptica. Assim como a cocaína, bloqueiam a recaptação das monoaminas, ligando-se às proteínas transportadoras desses neurotransmissores localizadas na membrana pré-sináptica (ALVES; CARNEIRO, 2012).
Neste ponto, estas drogas diferem da cocaína apenas em relação ao sítio de ligação, sendo que a