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O termo romance (do latim romanice: "em língua românica", através do provençal romans) pode referir-se a dois gêneros literários. O primeiro deles é uma composição poética popular, histórica ou lírica, transmitida pela tradição oral, sendo geralmente de autor anônimo; corresponde aproximadamente à balada medieval. Como forma literária moderna, o termo designa uma composição em prosa.
O romance moderno
Herdeiro da epopeia, o romance moderno é tipicamente um gênero narrativo, assim como a novela e o conto.
A diferença entre romance e novela não é clara, mas costuma-se definir que no romance há um paralelo de várias ações, enquanto na novela há uma concatenação de ações individualizadas. No romance, uma personagem pode surgir em meio a história e desaparecer depois de cumprir sua função. Outra distinção importante é que no romance o final é um enfraquecimento de uma combinação e ligação de elementos heterogêneos, não o clímax.
Há de notar que o romance tornou-se gênero preferencial a partir do Romantismo, por isso ficando o termo romance associado a este. Entretanto o Realismo teria no romance sua base fundamental, pois apenas este permitia a minúcia descritiva, que exporia os problemas sociais.
Dom Quixote de La Mancha, escrito no início do século XVII, é geralmente considerado como o precursor do romance moderno.1 Na tentativa de parodiar o romance de cavalaria, Miguel de Cervantes não só escreveu um dos grandes clássicos da literatura, como ajudou a firmar o gênero que viria substituir a epopeia, a qual, já agonizante, desapareceria no século XVIII, com o advento da revolução industrial. O romance é, segundo Hegel, a epopeia burguesa moderna.2
O romance chega à modernidade com Balzac e à plenitude com Proust, Joyce e Faulkner. A partir destes últimos a ordem cronológica é desfeita: passado, presente e futuro são fundidos.
A partir de meados do século XX, intensifica-se a discussão em torno de uma provável crise do romance, sua possível morte. Essa