Drenagem no recife
A cidade do Recife possui peculiaridades geográficas que devem ser consideradas para a sustentabilidade do seu sistema de drenagem. As baixas cotas de seu território em relação ao nível do mar, áreas planas, lençol freático próximo à superfície e aflorante na estação chuvosa, influência dos níveis das marés, são características naturais que dificultam a drenagem. O sistema de drenagem do Recife também é prejudicado devido canalização de riachos urbanos e ocupação de suas margens por construções regulares e irregulares, alta taxa de impermeabilização do solo, destino inadequado dos resíduos sólidos e falta de saneamento. No processo de urbanização de Recife, praticamente todos os cursos d’água foram canalizados e muitos baixios aterrados. Houve o estrangulamento da calha dos rios devido à ocupação irregular, e até formal de suas margens, processo este que continua até hoje, pondo em risco o sistema de drenagem natural do município e resultando em frequentes inundações Cabral et al. (2001). Quanto às obras de controle da drenagem, realizadas pela Prefeitura do Recife, ressalta-se: o sistema de comportas implantado nas duas extremidades do canal Derby-Tacaruna, visando proteger a Avenida Agamenon Magalhães dos fenômenos de alagamento que ocorriam em condições de alta maré; o sistema de barragens móveis que consiste na remoção de partículas sólidas sedimentadas utilizando as ondas de translação produzidas pelo movimento das lonas dessas barragens, efetivando a limpeza do canal; a drenagem forçada, na avenida Recife, onde são utilizadas três bombas com capacidade total de vazão de 3 m3/s, as quais efetuam o recalque das águas pluviais; o microreservatório de retenção subterrâneo, localizado em áreas planas, com cota baixa e pequeno gradiente hidráulico, entre a rua Santo Elias e a rua Conselheiro Portela (possibilita o acúmulo das águas