Doutorado
Sem comentários. O filme conta com uma excelente fotografia, além de três merecidas indicações ao Oscar - marca registrada e de serviço da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas -, nas categorias figurino, direção de arte e fotografia.
Contudo, é melhor começar pela história de Moça com brinco de pérola. No longa o artista plástico Jan (1632-1675), autor do quadro que dá nome ao filme, pinta sob encomenda, isto é, quando Pieter Van Ruijven (Tom Wilkinson) pede algo ele o faz, ou melhor, ele o pinta.
Jan não é diferente de todos nós: gosta de trabalhar no que gosta, que no caso são as criações próprias. É durante a atuação do pintor que o público é convidado a entrar no universo da pintura. Tudo ganha ritmo quando a jovem Griet (Scarlett Johansson) entra em cena.
A bela Griet é a nova criada da casa do pintor que vive com a ciumenta esposa e seus muitos filhos. Com o passar do tempo a jovem mergulha no mundo de Jan e mostra-se apta para auxiliar em seu ateliê. Até que um dia... ele inspira-se na garota para uma produção. Em meio ao universo de cor e luz de Jan, Griet torna-se parte do trabalho do artista.
Com o público ainda mais íntimo a história, o desejo de entender o que se passou na mente de Vermeer ao desenhar uma moça com brinco de pérola e uma simples, ela que passa uma sensualidade misturada com pura inocência.
Pode-se dizer que esta é a essência do filme, a sensualidade e a inocência na arte. Peter Webber que dirigia filmes para a televisão não errou ao iniciar na telona com um filme no estilo "provocância e pureza".
Ao jogar com uma mocinha que deseja trabalhar