doutorado
Efeitos da Terapia Interdisciplinar na regulação central da ingestão alimentar e aspectos cognitivos em adultos obesos
Pesquisadora Executante e Pós-graduanda:
Amanda dos Santos Moraes
Orientadora
Profa. Dra. Eliane Berardi Ribeiro
Coorientadora
Profa. Dra. Danielle Arisa Caranti
Santos, 2014
RESUMO
1. Introdução
A obesidade é desde o final do século XX, um dos maiores problemas de saúde pública, cujas consequências ultrapassam em muito as questões estéticas, na medida em que constituem fator de risco para várias patologias e está associada a custos para os sistemas de saúde (Ribeiro & Santos, 2013).
O ato de comer é prazeroso e gratificante. Não é surpreendente, portanto, que os centros de prazer do cérebro, que estão envolvidos com recompensa, sejam ativados quando comemos. Os mecanismos neurobiológicos abarcados na recompensa alimentar são considerados de fundamental importância para a compreensão da regulação do peso corporal, tanto na saúde e na doença. Uma grande parte de pesquisa da obesidade ao longo das últimas duas décadas tem identificado genes e mecanismos que são importantes para manter o equilíbrio energético. Embora o peso corporal seja fortemente influenciado por genes, o estilo de vida e hábitos sociais, reflete uma poderosa interação entre genes e ambiente (Berthoud, 2008).
O padrão alimentar atual é caracterizado por uma grande abundância e variedade de alimentos ricos em açúcar e em gordura, com sabor apelativo e elevada densidade energética. Desde a década de 1980, com o grande aumento do consumo de alimentos industrializados (McCrory et al., 1999) e da mudança de hábito de comer fora de casa houve um crescimento do número de pessoas de todos os extratos sociais que começaram a sofrer de distúrbios alimentares e com doenças crônicas relacionadas a esses como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares (Sawaia, 2013 b).