DOPAMINA
A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, é uma substância química liberada pelo cérebro que desempenha uma série de funções, incluindo prazer, recompensa, movimento(graças à presença dessa substância no cérebro, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam),memória, atenção, sono, humor, aprendizagem, comportamento e cognição. A dopamina é um importante neurotransmissor envolvido no controle da motilidade, nos mecanismos de recompensa, nas emoções e ainda em funções cognitivas e endócrinas. Níveis elevados de dopamina são observados em neurônios do mesencéfalo, substância negra e tegmento ventral. Alguns axônios seguem para o estriado e desempenham um papel importante na modulação da motilidade. Pertubações do sistema dopaminérgico estão associados à doença de Parkinson, esquizofrenia, dependência de substâncias e alterações cognitivas.
Sob o ponto de vista molecular e farmacológico existem duas famílias de receptores da dopamina. Os receptores D1 e D5 pertencem à superfamília dos receptores tipo D1 (D1 -like) associada à estimulação da adenilciclase. Os receptores D2 (D2s e D2l), D3 e D4 pertencem à superfamília dos receptores tipo D2 (D2 -like) e interferem com os canais de Ca2+ e K+ . Estes subtipos de receptores estão presentes no sistema nervoso e supra-renais, e no tracto digestivo.
A dopamina (DA) foi reconhecida como um neurotransmissor propriamente dito na década de 50 quando a sua distribuição não uniforme no sistema nervoso foi relacionada com a sua especificidade funcional. O estudo da dopamina intensificou-se com a descoberta do importante papel que esta substância desempenha na patogénese e tratamento de doenças cerebrais tais como a esquizofrenia e a doença de Parkinson. Os estudos anatómicos, electrofisiológicos e farmacológicos realizados por Cools e Van Rossum sugeriram que existia mais de um tipo de receptor para a dopamina. Em 1970, estudos bioquímicos baseados em ensaios com segundos mensageiros, por exemplo,