donkey konkey
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riedman, que se não tivesse morrido há dois anos, estaria hoje com 96 anos e vivenciaria esta, que já começa a ser classificada como a maior crise já vivida pelo capitalismo. De lembrar, ele – um opositor ferrenho do Keynesianismo - desafiou todas as teorias dominantes a respeito das causas da Grande Depressão, afirmando que foi o excesso e não a falta de intervenção governamental a responsável pela crise de 1929.Após a crise da Bolsa de Nova Yorque (1929) as propostas dos liberais foram rejeitadas em todos os países do mundo. No bloco socialista seguia-se com sucesso o Planeamento Económico Estatal, enquanto no bloco capitalista os liberais eram substituídos pelos keynesianos. Porem, o revisionismo na ex. URSS, e a crise do bloco capitalista provocada maciçamente pela crise do petróleo - 1974, traz novamente ao cenário as ideias monetaristas (neoliberais). O auge da influência monetarista acontece na década de 1990, com o Consenso de Washington, quando os governantes de vários países se comprometeram com as propostas neoliberais segundo as quais a regulação era desnecessária, desnecessários também são os mecanismos de controlo e transparência do sistema financeiro internacional; indo mais além, o Consenso de Washington defendeu o princípio de que os Banco Centrais não precisavam manter uma política de fiscalização e acompanhamento sistémico da economia, afirmando que esta auto regula-se pelos derivativos.
Em uma entrevista concedida em 2003 e conduzida pelo economista Francês Henri Lepage, Friedman declarou que as condições para a prosperidade estavam garantidas: o desemprego estava baixo, o monstro da inflação domado, não havia crise financeira e não havia deflação, a produtividade estava a crescer e os bancos estavam em boa forma, e - apesar de discordar com as ferramentas discricionárias usadas pelo Federal Reserv (Banco Central Americano) - Friedman louvou a política monetária de Alan Greenspan, e acreditava que as políticas de injecção monetária eram