Dona Paula
(Após o almoço, enquanto Venancinha tira os pratos da mesa)
Conrado — O que você achou do baile? Percebo que pelo sorriso foi bem agradável.
Venancinha — (Venancinha nota o ar de sarcasmo na pergunta de Conrado) Foi como de costume, agradável, querido!
Conrado — (Conrado bate na mesa e exclama, furioso) É inaceitável sua postura, além de envergonhar-me por ser minha esposa, ages como nada tivesse acontecido. Eu a vi dançando por duas vezes com aquele tal de Vasco Maria Portela.
Venancinha — Por que me acusas por uma inocente dança? (Venancinha retruca, indignada)
Conrado — Ora, como ousas dizer que foi uma dança inocente? Não quero ouvir suas historias (ou desculpas) esfarrapadas! Se queres dançar com outros homens, sugiro que nos separemos!
Venancinha — Pois concordo! (Conrado sai de casa e vai para o escritório) Ato 2: Dona Paula vai até a casa de Venancinha
(Dona Paula chega na casa de Venancinha e é recebida por uma das escravas, que faz menção de avisar Venancinha sobre a visita, mas é impedida por Dona Paula, que segue até onde Venancinha está. Ao entrar Venancinha se joga em seus braços chorando)
Dona Paula — Venancinha, por que choras? Estás doente?
Venancinha — Antes fosse uma doença! Antes fosse a morte!
Dona Paula — Não diga tolices; mas que foi? Diga, o que foi?
Venancinha — Briguei com o meu marido, chegamos a mencionar uma possível separação por conta de seu ciúmes.
Dona Paula — Onde está teu marido?
Venancinha — Saiu; parece que foi para o escritório.
Dona Paula — Ainda é o mesmo escritório? (Venancinha concorda) Pois então descanse, irei resolver isso e em duas horas estará tudo acabado.
Venancinha — Titia, vai lá?
Dona Paula — Vou... Pois então? Vou. Teu marido é bom, são arrufos. 104? Vou lá! (Dona Paula rapidamente veste as luvas enquanto fala e Venancinha sussurra: Eu o amo tanto)
Ato 3: Escritório (Dona Paula chega no escritório e logo Conrado aparece)
Conrado — Antes que digas