Dom dinis e a fin amours
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS
GUTEMBERG DE SOUZA
DOM DINIS E SEU CONHECIMENTO DA POESIA “FIN’ AMORS”
VITÓRIA
2012
GUTEMBERG DE SOUZA
DOM DINIS E SEU CONHECIMENTO DA POESIA “FIN’ AMORS”
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura Dupla em Língua Portuguesa e Língua Francesa do Departamento de Línguas e Letras do Centro de Ciências Humanas e Naturais da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito parcial para aprovação na disciplina Literatura Portuguesa 1: da era trovadoresca ao Maneirismo.
Orientador: Prof. Dr. Paulo Roberto Sodré
VITÓRIA
2012
DOM DINIS E SEU CONHECIMENTO DA POESIA “FIN’ AMORS”
A poesia de fin’amors, com todo seu ideal moral, ético e pedagógico, tinha na exaltação à senhora o seu meio para alcançar os fins desejados, a educação dos jovens (Duby, 1989: 119-132; 1990: 41-44;66-86) Entretanto, tal dama era cantada pelo trovador provençal “quand’a frol sazom há” (DIAS, 1998:105), e é a respeito dessa maneira de se fazer poesia que D. Dinis afirma ter conhecimento. Ao fazer a cantiga “Quer’eu em maneira de proençal”,
Dom Dinis se mostra conhecedor das leis da fin’amors que, além de impor regras de conduta baseadas na courtoisie e na mesura, tinha outros objetivos como louvar a amada e exaltar o amor sentido (DIAS, 1998:102) Os versos elogiam a dama de forma cavalheiresca e cortês, à maneira provençal, como por exemplo em,
“Tanto fez Deus comprida de bem / Que mais que todas las do mundo Val”, e ainda, “E desi nom lhi fez pouco de bem / Quando nom quis que lh’outra foss’igual.” (DINIS, 2009, p. 67).
Vemos nesses trechos a supervaloração da mulher amada e sua incomparável beleza física e moral,