Dom Casmurro
Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no Rio de Janeiro no dia 21 de junho de 1839 e morreu na mesma cidade em 29 de setembro de 1908. Seus pais eram bem humildes, a mãe uma lavadeira açoriana e o pai um pintor mulato. Mas ficou órfão destes muito cedo e passou a ser criado pela madrasta, Maria Inês. Recebeu aulas de latim e francês, mas seu autodidatismo fez com que ele construísse sua vasta cultura literária. Já na infância apareceram sinais de sua frágil compleição nervosa, a epilepsia e a gaguez, que o acometeriam a espaços durante toda a vida e lhe dariam um feitio de ser reservado e tímido. Aos 16 anos empregou-se como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional. Nessa mesma época, começou a escrever os primeiros versos, alguns dos quais foram publicados no jornal A Marmota. Em 1860 foi convidado por Quintino Bocaiúva para colaborar no Diário do Rio de Janeiro.
Casou-se aos trinta anos com Carolina Xavier de Novais, a qual foi inspiração para que ele pudesse escrever sobre Dona Carmo de sua obra Memorial de Aires (1908). De 1870 a 1880, apareceram alguns contos e romances inexatamente chamados de "fase romântica" dentre eles podemos citar Histórias da Meia-Noite (1873) e Helena (1876). Com alguns poemas que enfeixaria nas Ocidentais (1882) e sobretudo a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), o escritor atingiu a plena maturidade do seu realismo de sondagem moral que as obras seguintes iriam confirmar, tais exemplos podem ser vistos em Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacó e outros.
Considerado nos fins do século o maior romancista brasileiro, foi um dos fundadores e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, animou a Revista Brasileira e ainda promoveu os poetas parnasianos, estreitou também relações com os melhores intelectuais de seu tempo. O último romance Memorial Aires (1908), foi escrito após a morte de sua esposa. Machado de Assis faleceu vitimado por uma úlcera cancerosa, aos