Dom casmurro
Capítulo I – Do Título
Nesse primeiro capítulo, Bento conta como ganhou o apelido de Dom Casmurro.
Ele se encontrou com um rapaz, em que conhecia apenas de vista no bairro onde morava, num trem da Central vindo da cidade para o Engenho Novo. Acabaram se sentando juntos. Começou então o rapaz a conversar e, em um momento, ele começa a recitar versos nem tão bons e nem tão ruins. Bento, por já ser noite e por estar cansado, fecha os olhos algumas vezes, bastando o rapaz pensar que seus versos não estavam lhe agradando e acabou por interrompê-los.
Bento ainda o incentiva a continuar, mas o rapaz magoado com a ação diz que já finalizou. No dia seguinte, Bento descobre que acabou mal falado e dito como Dom Casmurro (Dom como forma de ironia, por estar cochilando, e Casmurro por ser um homem calado e metido consigo) pelo rapaz. Como os vizinhos não gostavam de seu jeito fechado, acabou que pegando esse nome. Ele por sua vez, não se importou e até comentou com seus amigos da cidade sobre o fato, que, achando graça, começaram a lhe chamar por Dom Casmurro.
Capítulo II – Do Livro Ele explica e diz os motivos de escrever esse livro. Ele vive só, apenas com um criado. Sua casa própria, no Engenho Novo, foi construída com os mesmos aspectos e formatos da casa em que foi criado na antiga Rua de Matacavalos: prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e sala. No teto e nas paredes, as pinturas são mais ou menos iguais, com umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos bicos. Nos cantos do teto, figuras das estações no centro das paredes, medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com seus nomes em baixo. Quando sua família se mudou para Matacavalos, todas essas decorações já estavam instaladas por lá. Bento queria ter e restaurar na velhice, tudo o que tinha e o que passou na infância. Mas ele não seria o que foi e nem faria o fez, então do que adiantava ter tudo isso se