Doenças que afetam a raça negra
Segundo estudos
concentra-se no Brasil "a maior população negra
(englobando pretos e pardos) fora da África e a segunda do mundo, superada apenas pela da Nigéria." Mais de 40% da população brasileira corresponde a afrodescendentes. Em geral, esta fração da população, do ponto de vista econômico e social, é mais pobre e menos instruída que o restante da população brasileira. Entre os afrodescendentes, apenas 2% recebem mais de dez salários mínimos mensais (2). Grande parte vive na periferia de centros urbanos, com moradias inadequadas, baixa cobertura de saneamento básico, proporção elevada de analfabetismo, pouca qualificação profissional e pouca perspectiva de ascensão social. É uma população marginalizada, discriminada socialmente e mais vulnerável à violência e a doenças.
É possível, portanto, que, do ponto de vista das doenças com forte determinação genética, a população brasileira afrodescendentes possa manifestá-las com características próprias, não sendo correta a simples transposição dos resultados das pesquisas sobre essas doenças realizadas em outros países. Em função deste quadro, doenças ligadas à pobreza, como desnutrição, verminoses, gastroenterites, tuberculose e outras infecções, alcoolismo, entre outras. são mais incidentes na população negra, e não por razões étnicas. O acesso a serviços de saúde é mais difícil e o uso de meios diagnósticos e terapêuticos é mais precário, produzindo, em geral, evolução e prognóstico piores para as doenças que afetam negros no Brasil.
Entre as doenças mais frequentes podemos colocar num primeiro grupo as geneticamente determinadas. Uma delas é a deficiência de glicose G6PD, que não tem cura e pode causar anemia e enfraquecer o sistema imunológico.
Outra é a anemia falciforme.
ANEMIA FALCIFORME: A anemia falciforme é um tipo de anemia hereditária causada por uma mutação genética que ocorreu em maior proporção na África, mas também em algumas regiões da Itália e na