Doenças (malária, febre amarela..)
A malária pode ou não estar estável em uma região. Isso depende de diversos fatores, tais como: prevalência, densidade e susceptibilidade do mosquito na área, freqüência com que os mosquitos picam o homem, duração média de vida dos anofelinos transmissores, tempo requerido para que se complete o ciclo esporogônico nos insetos (variável com a espécie de plasmódio e com a temperatura) e proporção de indivíduos susceptíveis.
4.1. Transmissão
A malária é transmitida por picadas de fêmeas do mosquito do gênero Anopheles. A transmissão natural é mais comum em áreas rurais e semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas, principalmente na periferia. A transmissão ocorre basicamente no interior das habitações, embora também possa ocorrer ao ar livre. Em altitudes superiores a 1500 metros o risco de aquisição de malária é pequeno.
Além disso, a malária pode ser transmitida por injeção e transfusão de sangue de pessoas infectadas ou por seringa hipodérmicas (usadas, por exemplo, pelos viciado em drogas injetáveis (transmissão induzida) . Pode haver transmissão congênita em casos especiais.
A exposição do risco de contrair a malária associa os hábitos do indivíduo às condições de vida e de habitação e à situação econômica de região.
A criação de barragens (que constituem em novos criadouros), a agricultura por canais a céu aberto, a construção de estradas (escavações), a invasão de florestas, a degradação do meio ambiente pelos garimpeiros são exemplos de fatores que, aliados às condições de miséria e subnutrição contribuem para a introdução de cepas de plasmódios com novas características antigênicas nas populações humanas.
O aumento das chuvas, por sua vez, culmina em uma elevação no número de anofelinos viáveis, o que pode levar à criação de ondas epidêmicas. Por outro lado, as chuvas pesadas podem arrastar os mosquitos para locais inadequados, destruindo os criadouros e resultando, muitas vezes, em um conseqüente declínio da incidência