deDa educação, fizeram sua transposição para a prática sem atentar à nova realidade Daí surgem o psicologismo, o sociologismo ou o filosofismo, que distorcem a identidade das teorias de educação. É preciso que o educador recupere, antes, sua própria identidade para entender os teóricos e a prática de qualquer escola pedagógica. A construção de uma teoria da educação implica que o educador teorize sobre os seus próprios atos, quot;uma contextualização teórica que lhe possibilite articular o lógico com o realquot; de modo a quot;trabalhar com a teoria teorizante e não a teoria teorizadaquot;. SEVERINO, in FAZENDA,1999, p 32 (grifo do autor). 11 Para Gramsci, o saber não é estático e unilateral mas deve ser visto como um fazer e um fazer-se, com vida e movimento, por meio do compreender. GRISONI & MAGGIORI, 1973, p 327 O significado de recuperar nosso passado foi o de não mais teorizar de fora, mas começar a investigar nossa própria história de educadora. Foi um recomeçar, uma revisão do passado com as teorizações adquiridas nesse passado, porém revisitadas com os olhos do presente. Conseguimos recuperar a história dos teóricos da educação, nossos primeiros parceiros na aquisição de novos conhecimentos.(O termo PARCEIRO (do latim partianu) significa ”o igual, aquele que compartilha falas, espaços, cúmplice”. Para mais esclarecimentos, consulte FAZENDA, 1991.) Rousseau é o grande precursor da reforma pedagógica contemporânea. Emílio, mais que uma reação ao passado ou uma perspectiva para encarar o futuro, é um ponto de convergência. Suas idéias e metodologia, século e meio mais tarde, aparecem nas obras de psicólogos e pedagogos de renome e, na atualidade, são aplicadas pelos professores na sala de aula. Rousseau critica a educação de sua época, que não considerava a importância do conhecimento da natureza da criança — o que ainda hoje permeia a prática de muitos educadores. Decroly propõe um método global para o ensino da leitura calcado na observação e associação de