Doenças hipocinéticas
As doenças hipocinéticas são classificadas como doenças associadas à falta de movimento, isto é, causadas ou que podem ser agravadas pela ausência ou insuficiência de exercícios e atividades físicas em doses mínimas suficientes e adequadas para manter um organismo saudável. Não podemos esperar que o nosso corpo permaneça em função otimizada e saudável por uma vida toda, se abusarmos ou não tomarmos certas precauções. Então, indivíduos que não praticam exercícios físicos regularmente, correm grande risco de desenvolver essas doenças hipocinéticas como as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, hiperlipidemia (elevação dos níveis sanguíneos de colesterol total e triglicérides), obesidade, intolerância à glicose ou diabetes tipo II, neoplasias (alguns tipos), alterações neurológicas, doenças reumáticas, desvios posturais,sarcopenia, osteoporose entre outras.
Atualmente, o exercício físico é aceito como agente preventivo e terapêutico de diversas enfermidades. A atividade física tem sido apontada como principal medida não farmacológica, de aspecto benéfico e protetor, no tratamento de doenças cardiovasculares e crônicas não transmissíveis. E vale a pena investir nos exercícios físicos, pois é mais barato e eficiente manter a boa saúde do que recuperá-la depois de perdida, já que os dados estatísticos mostram essa dura realidade: as doenças crônicas degenerativas como o diabetes, a hipertensão arterial e o câncer matam 35 milhões de pessoas por ano em todo o mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). E entre os males relacionados ao sedentarismo, no Brasil, as duas maiores causas de morte por motivos de saúde são as doenças cardiovasculares e o câncer, de acordo com o Ministério da Saúde. Portanto, adotar um estilo de vida não sedentário, calçado na prática regular de atividade física, encerra a possibilidade de desenvolver a maior parte dessas doenças crônicas degenerativas que se inserem no rol das doenças hipocinéticas,