Doença de Parkinson
A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção do sistema nervoso central, e é expressa de forma crônica e progressiva. É resultado da morte de neurônios produtores de dopamina da substância negra. É uma doença sensível ao envelhecimento, devido à perda neural progressiva à medida que a idade avança.
Pesquisas afirmam que a expectativa de vida aumentou pelo crescimento de 21% da população acima de 65 anos, o que propicia uma estimativa de cerca de 200 mil indivíduos com DP no Brasil. A prevalência em pessoas com idade entre 60 e 69 anos é de 700/100.000, e entre 70/79 anos é de 1500/100.000. Portanto, 10% dos doentes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40 anos. Além disso, 36 mil novos casos surgem por ano no país.
A causa é tida como idiopática, mas acredita-se que a DP pode decorrer de um conjunto de fatores, sejam eles genéticos, toxinas ambientais, estresse oxidativo, anormalidades mitocondriais e/ou alterações de envelhecimento. Em relação à contribuição do envelhecimento cerebral, este estaria relacionado com a prevalência da idade, associada à perda neuronal progressiva.
A doença de Parkinson é fisiopatologicamente considerada uma afecção neurodegenerativa caracterizada pela despigmentação da substância negra, reduzindo a atividade das áreas motoras do córtex cerebral, resultando na diminuição dos movimentos voluntários. Os principais sinais e sintomas da doença são: rigidez, tremor, bradicinesia, instabilidade postural. Além de anormalidades de equilíbrio, alterações na marcha, distúrbio do sono, disfunção cognitiva e depressão, repercutindo em uma baixa qualidade de vida, tornando a doença ainda mais incapacitante e reduzindo a expectativa de vida. Quando os sinais e sintomas são detectados, provavelmente já ocorreu a perda de aproximadamente 60% dos neurônios dopaminergérticos, e o conteúdo de dopamina no estriado é cerca de 80% inferior ao normal.
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