Doença de chagas
O sucesso do transplante cardíaco em portadores da doença de Chagas está ligado principalmente aos cuidados especiais durante toda fase do transplante, sendo necessário o acompanhamento rigoroso pela equipe de saúde. É fundamental que os receptores do órgão estejam conscientes de que o Trypanossoma continua no organismo e que é possível a reativação da infecção após o transplante. Um estudo teve como objetivo investigar a experiência do transplante cardíaco em portadores da doença de Chagas e assim compreender o significado dessa experiência para eles. Os procedimentos metodológicos abrangeram a seleção dos pacientes, entrevistas, análise de dados etc.
Da análise de Dados surgiram alguns temas, como: tempo vivido pelo receptor, portador da doença de Chagas, concepção do transplante cardíaco apresentado pelo portador e o cuidado na trajetória do transplante cardíaco.
A doença de Chagas é uma doença endêmica da América do Sul, México e América Central causada pelo protozoário Trypanossoma Cruzi. O principal dano causado por essa doença é a cardiomiopatia, pela sua frequência e gravidade. O transplante cardíaco é apontado como primeira opção de tratamento no caso de falência cardíaca para os portadores da infecção devido ao êxito no aumento de sobrevida dos transplantados.
Inicialmente, a indicação do transplante cardíaco foi muito contestada, pois, as drogas imunossupressoras utilizadas após o transplante poderiam reativar a doença. Depois de experiências brasileiras bem sucedidas a maior parte dos centros de assistência cardíaca do Brasil passou a fazer o transplante para pacientes infectados. O resultado desse procedimento se deve ao acompanhamento rigoroso e cuidados especiais ao longo da vida.
Pesquisas sobre os resultados do transplante cardíaco mostram que os maiores riscos de morbidade e mortalidade estão relacionados ao acompanhamento pós-operatório, mas por outro lado a dificuldade do relacionamento entre paciente e equipe de saúde podem