Doença de Alzheimer
1.1 Etiologia
A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que provoca demência, comprometendo ao longo de sua lenta evolução, a autonomia dos pacientes. Conforme Bogliolo (2006), a doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência no idoso, e sua prevalência aumenta exponencialmente entre 65-95 anos. Ocorre em cerca de 1% da população entre 65-69 anos, em 15% - 20% após os 80 anos e em 40% - 50% acima de 95 anos. A idade média do inicio da doença situa-se por volta dos 80 anos. Em cerca de 6% a 7% dos casos inicia-se precocemente antes de 60 anos. Aproximadamente 7% de todos os casos de origem precoce têm origem genética, com padrão de herança autossômica dominante. È uma doença predominante em mulheres de idade mais avançada, tem distribuição universal e é uma das principais causas de doença de idoso, constituindo um dos maiores problemas médicos e sociais da atualidade. Segundo Robbins & Cotran (2005), a doença de Alzheimer é uma perda progressiva da função cognitiva independente do estado de atenção. Esta doença compromete também as estrutura subcorticais, porém muitos dos sintomas clínicos são relacionados às alterações no córtex cerebral. A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência no idoso e se torna clinicamente aparente como um comprometimento insidioso das funções intelectuais superiores, com alterações no humor e no comportamento. Mais tarde desorientação progressiva, perda de memória e afasia indica uma severa disfunção cortical e eventualmente em 5 a 10 anos o paciente se torna profundamente incapacitado, mudo e imóvel. Os pacientes raramente se tornam sintomáticos antes dos 50 anos de idade, porém a incidência da doença aumenta com a idade.
1.2 Patogenia
A patogenia da doença de Alzheimer é desconhecida. Está bem estabelecido que as áreas neocorticais e hipocampais apresentam níveis diminuídos de inervação colinérgica na DA e que existe perda de neurônios a partir dos