documentário
Com a saída de João Goulart, devido ao golpe de estado, o país viu-se afundado num regime autoritário e, inegavelmente, colhendo frutos do ensino americano. Como o documentário não poderia deixar de fora, estão os ataques aos métodos de ensino instituídos, as mortes dos companheiros militantes, a briga contra a policia armada e a cavalaria na rua (inclusive mostrando a policia fugindo da multidão) e o raio-x da tortura. Os depoimentos são de pessoas que viveram a dor e sobreviveram a ela. Há, também, depoimentos sobre os líderes da esquerda mortos pela oposição, como Che Guevara, executado na Bolívia, e Carlos Lamarca, morto por torturadores no sertão baiano. “Eu confesso a você que nem a tortura foi mais forte que a notícia da morte de Lamarca”, confessa o entrevistado Darci Rodriguez.
Diretamente ligada às necessidades do capital, servindo e se servindo da burguesia conservadora, a Ditadura Militar mostrou-se um período onde matar não era mais do que um pequeno esforço para deixar fluir o sistema como “se desejou”. Um sistema, entre outras coisas, responsável por ceifar a vida de milhares de pessoas. Mas, a exemplo da saída dos Ingleses da Índia, os militares perderam espaço quando a necessidade da implantação de uma democracia mostrou-se maior. Vários militantes,