documentos
Ver artigo principal: Línguas paleo-hispânicas, Língua galaica, língua lusitana
Mapa das línguas pré-romanas da península Ibérica
O português tem um substrato céltico/lusitano,1 originado nas línguas faladas pelos povos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península. Várias escritas testemunham a existência de línguas paleo-hispânicas. Em Portugal destaca-se a escrita do sudoeste dos séculos VII e V a.C. no Baixo Alentejo e Algarve. Não há acordo entre os especialistas sobre a origem destes sistemas de escrita, que poderá estar no alfabeto fenício ou no alfabeto grego, provavelmente relacionados com os contactos comerciais destes povos.
Da língua lusitana, uma língua indo-europeia céltica 2 3 ou relacionada falada entre o Douro e o Tejo, apenas se conhecem cinco inscrições tardias em alfabeto latino, incluindo as de Cabeço das Fráguas4 , a inscrição do Penedo de Lamas5 e de Arronches.6 Da língua galaica,7 também uma língua céltica8 9 ou um grupo de línguas e dialetos aparentados com o celtibero, conhecem-se numerosas palavras e frases curtas registadas em inscrições latinas de Oviedo e Mérida, ou glosadas por autores clássicos, que permanecem até hoje para nomear locais, rios ou montanhas. Após séculos de contacto com o latim estas línguas foram absorvidas, 10 mas deixaram a sua marca num dialecto determinante na evolução das línguas portuguesa e galega.
A influência celta na língua portuguesa 11 pode ser detectada em várias palavras como abrunho, barra, bico, vidoeiro, bilha, borba, braga, brio, cais, caminho, camisa, canga, canto, carro, cerveja, choco, colmeia, crica, curro, embaixada, gorar, légua, lousa, menino, minhoca, peça, rego, tojo, tranca, vassalo,12 manteiga e tona (galaico-português: pele, odre);13 os topónimos de origem céltica em Portugal destacam-se pelo elemento "briga", que significa “fortaleza”, com em Conimbriga, Arcóbriga (antigo nome de Arcos de Valdevez), Lacóbriga (antigo nome da cidade