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João Huss - 1369-1415João Huss nasceu por volta de 1370 de uma família camponesa que vivia na pequena aldeia de Hussinek, e ingressou na universidade de Praga quando tinha uns dezessete anos. A partir de então toda a vida transcorreu na capital de seu país, excetuados seus dois anos de exílio e encarceramento de Constança. Em 1402 ele foi nomeado reitor e pregador da capela de Belém. Ali ele pregou com dedicação a reforma que tantos outros checos propugnaram desde os tempos de Carlos IV. Sua eloqüência e favor eram tamanhos que aquela capela em pouco se transformou no centro do movimento reformador. Vesceslau e sua esposa Sofia o escolheram por seu confessor, e lhe deram seu apoio. Alguns dos membros mais destacados da hierarquia começaram a encará-lo com receio, mas boa parte do povo e da nobreza parecia segui-lo, e o apoio dos reis ainda era suficiente importante para que os prelados não se atravessem a tomar medidas contra o pregador entusiasmado.
No mesmo ano que passou a ocupar o púlpito de Belém, Huss foi feito reitor da universidade, de modo que se encontrava em ótima posição para impulsionar a reforma. Ao mesmo tempo que pregava contra os abusos que havia na igreja Huss continuava sustentando as doutrina geralmente aceitas, e nem mesmo seus piores inimigos se atreviam a censurar sua vida ou sua ortodoxia. Huss era muito gentil e contava muito com o apoio popular.
O conflito surgiu nos círculos universitários. Pouco antes tinha começado a chegar a Praga as obras Wycliff. Um discípulo de Huss, Jerônimo de Praga, passou algum tempo na Inglaterra, e trouxe consigo algumas das obras mas radicais da reforma inglesa. Sem demora, diversos integrantes da hierarquia que eram alvos dos ataques de Huss e de seus seguidores, os quais viam nos ensinos de Wycliff uma ameaça séria a sua posição, se reuniram ao grupo dos alemães. Era a época em que, em resultados do Concílio de Pisa, havia três papas. Venceslau apoiava o papa pisano, enquanto o arcebispo de Praga e os