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PSICOLOGIA E DIREITOS HUMANOS: CONQUISTAS E VIOLAÇÕES
A Psicologia, regulamentada como categoria profissional no Brasil em 1962, período que precedeu o regime militar, quando a democracia foi suprimida. Com esta conjuntura sócio-política, um dos principais objetivos da psicologia foi o ajustamento e a adaptação do indivíduo.
Nesse período, os principais locais de atuação da Psicologia eram no ambiente escolar, nas indústrias – nos processos de recrutamento e seleção de pessoal - e consultório com a psicoterapia individual.
Com a redemocratização, a Psicologia sofre uma longa revisão de suas propostas de intervenção, pois esse novo contexto levou a uma necessidade de avaliação da profissão e seus objetivos e de sua função publica nesse novo contexto da sociedade brasileira. Nessa conjuntura houve uma diversificação de práticas profissionais com novas linhas e abordagens teóricas com diferentes concepções de sujeito. A Psicologia Social foi a que mais se aproximou dos Direitos Humanos, do ponto de vista teórico-prático.
A conquista dos Direitos Humanos foi constituída como resultado de uma longa luta coletiva pelos direitos civis, econômicos, políticos, sociais e culturais. Seus principais fundamentos são baseados na igualdade e dignidade humana, como uma conquista histórica, que teve seu embrião, no ocidente, na necessidade das nações pensarem estratégias que evitassem genocídios como o acontecido na segunda guerra mundial, com o assassinato de aproximadamente 50 milhões de pessoas.
Para manutenção da paz e da segurança em âmbito mundial, foi criada, em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU), que construiu um dispositivo normativo para proteção internacional dos direitos, assinado em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A psicologia, enquanto ciência e profissão, e os Direitos Humanos, enquanto direitos, deveres e cidadania, trabalham com seres humanos em seus mais diversos contextos, condições e situações, trabalham com diferentes