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Publicado em Março 20, 2014 por 13moleculasapular
Todos nós nos lembramos das aulas de Biologia em que aprendemos a datar as rochas com base na decomposição de certos elementos químicos nelas presentes. O mais curioso é que essa matéria está intimamente ligada com a Química.
Este processo de datação baseado na presença de isótopos nas rochas está relacionada com a constante busca, por parte dos elementos químicos, pela estabilidade. Como é do conhecimento de todos os átomos estão sempre à procura de um estado mais estável, e em certos casos esta procura resulta na desintegração de certos átomos noutros mais estáveis, os isótopos.
Neste momento já devem estar a questionar como este processo ocorre, ora vejamos:
Os átomos iniciais de um isótopo radioativo estão integrados na estrutura dos cristais e nas rochas, no momento da sua formação. Estes isótopos desintegram-se de forma espontânea, com o objetivo de atingir a estabilidade atómica. A velocidade desta desintegração é constante e não é afetada por condições ambientais. Esta velocidade também é uma característica do elemento, não existindo dois elementos com a mesma velocidade de desintegração. A velocidade de desintegração é de vários milhões de anos, e o resultado deste processo é a formação de um isótopo-filho, mais estável, do que o átomo original, ou isótopo-pai.
Na maioria dos casos os isótopos-filhos também irão sofrer desintegração e os seus isótopos-filhos também a sofreram até se obter um isótopo estável. Um subproduto deste processo é a libertação de radiações.
Agora que já sabemos como é que a desintegração dos átomos em isótopos se processa, devem estar a pensar como é que este processo é útil para descobrir a idade de uma certa rocha. A resposta vem já a seguir.
Os geólogos utilizam a relação entre a quantidade de isótopo-pai e a quantidade de isótopo-filho para calcular a data do início da desintegração. Para o cálculo da idade de uma rocha os