Documento Sem T Tulo

E de novo ela chorava. Agora sentada na mesinha do café de sua rua. Quem a olhava de longe nunca diria que aquela garota passara por tanta coisa. Ela usava uma calça jeans com salto preto, o cabelo preso em um coque repicado e uma camisa social masculina estilizada com um cinto. ­ Você tem que parar de usar as camisas dele, Pam ­ Disse a morena que sentava na sua frente, logo depois de pedir seu latte.
­Claro que não. Ainda tem o cheiro dele, sabe?
­Eu não faço nem ideia do que você está passando, mas como sua amiga, tenho que te dizer que esse comportamento é muito distrutivo.
­É Meg, você NÃO faz ideia. Nós temos tantos planos, ele se preocupa muito comigo, gosta de tomar conta de mim. e se não puder fazer isso, vai pirar. Além do mais, ele é tão forte e saudável, quase nunca fica doente, como vai conseguir lidar com esse lance de ter morrido.
­ Agora você ta testando minha paciência. Pam, o cara era um pirado, sempre foi e…
­Como eu imaginei, isso não foi uma boa ideia. Atém mais tarde meg. ­ A garota falou e se levantou já andando em direção a porta. Enquanto andava confidente pela porta o peso de sua dor começou a aparecer de novo.
Seus olhos se encheram de e ela agora corria ate a porta do seu apartamento. O mundo sempre esteve meio embaçado para ela, mas agora, que as lágrimas literalmente tornavam tudo a sua volta difuso e distorcido, ela percebia como era feliz.
O som da porta batendo atrás dela foi como o estouro da manada de sentimentos presos.
A garota se encolheu no sofá, lugar já oficial de seu luto, e chorou. Chorou pela quinta vez no dia, o que era um novo record.