Documento de Teresópolis
Com necessidade de um aprofundamento da metodologia do Serviço Social em face a realidade brasileira, foi realizado, a convite do CBCISS (Centro Brasileira de Cooperação e Intercambio em Serviço Social) em Teresópolis (RJ), um seminário para estudar essa metodologia. O evento foi idealizado para ser uma continuidade do histórico “Seminário de Teorização do Serviço Social”, realizado em Araxá (MG), em 1967. O documento alinhava o serviço social as demandas da ditadura e tinha uma linha de pensamento voltada ao projeto autocrático burguês e suas instituições.
DESENVOLVIMENTO O documento legitima e justifica uma sociedade capitalista. Possui características da perspectiva modernizadora e abordagens funcionalistas voltadas a uma modernização e à melhoria do sistema pela mediação do desenvolvimento social e do enfrentamento da marginalidade e da pobreza na perspectiva de integração na sociedade com aprimoramento técnico-metodológico dos profissionais, de modo a capacitá-lo a contribuir para o projeto desenvolvimentista.
O seminário reuniu 33 assistentes sociais, que divididas em dois grupos, inseriram a metodologia empregada dentro de um esquema cientifico e introduziram algumas mudanças na terminologia tradicional. Os grupos discutiram e analisaram as seguintes temáticas “Concepção Científica da Prática do Serviço Social” e “Aplicação da Metodologia do Serviço Social”. A este documento deu-se a denominação de Documento de Teresópolis. No primeiro tema, o grupo A inspirou-se em Lebret, elencou sete itens a partir das “necessidades sociais”, com isso reitera a importância de uma visão globalizada e a moldura do subdesenvolvimento. O grupo B com uma visão desenvolvimentista porem com outra fonte de inspiração o UNRISD (Instituto para o Desenvolvimento Social da Organização das Nações Unidas), construiu um quadro resumido de “fenômenos e variáveis segundo o critério das necessidades e problemas” referindo-se a