É impossível andar pelas ruas de nosso país e não notar a grande quantidade de pessoas morando ali. Morar na rua tornou-se algo quase comum aos olhos da população brasileira. Todos os dias nós passamos por mulheres (as vezes grávidas) vivendo sob situações precárias, pais que não podem sustentar uma família e crianças e jovens que deveriam estar na escola. É hipocrisia de nossa parte fingir que está tudo certo para que possamos deitar nossas cabeças de noite sem peso na consciência, não está nada certo. Com base em tal alarmante situação, criou-se o Projeto de Lei Nº 60, de 2011, que institui a criação de Cidades de Recuperação para moradores de rua. Diferenciando-se de albergues, não são uma espécie de pensão noturna oferecida pelo governo. As Cidades de Recuperação têm o objetivo de reconstruir o ser humano até então, marginalizado que existe dentro de um morador de rua. O termo cidade é colocado com o sentido de isolamento, apesar de parecer contraditório um programa de integração adotar tal política. Na verdade, elas não passam de instituições obrigatoriamente organizadas por faixa etária e dentro de cada unidade deve conter ala masculina e feminina separadas. O cidadão que ingressar em uma Cidade de Recuperação obterá tratamento médico e psíquico gratuitos, alimentação e acomodações adequadas. É importante frisar o tratamento psíquico, uma vez que se trata de moradores de rua, que passam por medos e inseguranças todo o tempo. Em retribuição ao apoio cedido, o cidadão que irá dispor de 8 (oito) horas diárias fora das Cidades, deve, obrigatoriamente, estudar e/ou trabalhar. O Partido dos Trabalhadores (PT), que surgiu a partir de mobilizações de greve dos metalúrgicos do ABCD paulista em 1978, posiciona-se de acordo com o projeto, tendo criado anteriormente projetos para melhoria de vida daqueles que moram nas ruas, como o de implantar centros nacionais de referência em direitos humanos em todo o país. Uma