Documentario
Ilusão é palavra certa para definir o que os jovens vêm passando. Saem de casa, na região rural, para irem para a região urbana com o propósito de estudarem e serem alguém na vida. O mais decepcionante depois é saber que não é tão fácil quanto parece, e o que se vê é o acúmulo de jovens desempregados e com a vida extremamente difícil nas ruas. Perdendo valores e princípios morais, largam a família, e tudo que há para trás, com a ilusão de que estudando, eles terão dinheiro para conseguirem algo melhor de que seus pais, que mesmo com a vida difícil vão cuidando das lavouras e do gado e vão levando a vida, devagar, mas digna.
A verdade é que a classe dominante, quer formar cidadão aptos a servirem as necessidades deles, e não cidadãos pensantes com ideias inovadoras e que queiram e exibam mudanças. É formado então um padrão, e todos esses alunos, são enquadrados nesses padrões.
A troca dos modos de vida tradicionais pela inserção de uma cultura de subempregos escassos em sociedades urbanas e de consumo, cujo objetivo principal encontra-se apenas no sucesso material, tem, portanto, um altíssimo custo para essas populações.
Praticamente um mesmo currículo é empregado na escola em todo o mundo, com a finalidade de “treinar pessoas para empregos escassos em uma cultura urbana e de consumo”, e a escolarização ocidental é a principal responsável por introduzir a “monocultura humana” ao redor do planeta, denuncia. Segundo ela, por meio desse modelo de escolarização, estamos “colocando em risco a diversidade de culturas e a diversidade de indivíduos únicos”.
Os efeitos desse processo são muitos e danosos: vão desde a desistência da agricultura ou a sobrecarga de trabalho